Pablo Dapena - 226ERS

Entrevista com Pablo Dapena

Pablo Dapena - 226ERS

Foto de capa: @Activ'images-JacVan

Pablo Dapena é já uma figura de destaque no triatlo espanhol. Atual campeão espanhol de triatlo livre e, sem dúvida, um dos triatletas mais versáteis do panorama nacional, surpreendeu-nos nas últimas semanas com resultados impressionantes. Terminou em segundo lugar no Challenge Roma e sagrou-se campeão do Challenge Mogán por duas semanas consecutivas, confirmando a sua excelente forma e colocando-se entre a elite mundial.

Olá, Pablo, gostaríamos de abrir a entrevista com uma referência a um tweet que publicou após a sua vitória no Challenge Mogán. Nele, declarou:

Esforçou-se ao máximo e terminou em primeiro, superando os rivais Patrick Lange e Andi Böcherer com uma corrida impressionante. Pelo seu tweet, entendemos que não estava à espera de tal resultado.

Bem, sim, como diz o tweet, surpreendente e inesperado. Não só Patrick Lange e Andi Boecherer estiveram em Mogán, como também os membros da poderosa equipa BMC: Patrick Nilsson e Bart Aernouts. Pessoas que sabem o que é estar no top 10 de Kona... Sven Riederer, medalhado olímpico, Gustavo Rodriguez, mestre em quase todos os triatlos a nível nacional. O nível da competição foi de primeira em Mogán!

Que rotinas de nutrição e suplementação segue durante os seus treinos?

Não sou uma pessoa que segue uma rotina ou dieta fixa; gosto de comer de tudo, mas de forma controlada. Principalmente agora que estou mais focado nas corridas de média e longa distância, tento prestar atenção aos detalhes da minha alimentação, tanto durante o treino como durante a corrida. Tudo o que se veste numa competição deve ser testado durante o treino, e é isso que eu faço.

Dependendo do volume da sessão, costumo hidratar-me com a Bebida Isotónica (prefiro o sabor a frutos vermelhos) ou com o Sub9 Energy Drink Melancia. Entre as sessões, utilizo sempre barras, especialmente a EVO Bar, que, para além do sabor, é de fácil digestão. Isto é importante quando não há muito tempo entre as sessões e precisa de um reforço de energia garantido antes de iniciar outra sessão. Em relação às pedaladas longas, tanto de bicicleta como de corrida, como já referi, costumo preferir o Sub9 Energy Drink e os géis, especialmente os sabores Ananás e Coco, Melão e Morango/Banana. Para terminar o dia, um refrescante Strawberry Recovery Drink é indispensável; é uma delícia!

Crédito: @Activ'images-JacVan Quando chega a altura da competição e tudo é crucial, que fatores nutricionais considera? Qual acha que é a fórmula vencedora?

Como se costuma dizer, "coma e beba", hahaha! Para mim, a fórmula é reabastecer o corpo com tudo o que consumimos durante a competição. Como já referi, tudo o que veste na competição deve ser testado durante o treino. E é isso que eu faço, não improviso.

Estima-se que a ingestão de hidratos de carbono possa variar entre 50 a 90 gramas por hora, pelo que, em corridas de média distância com uma duração de cerca de 4 horas, precisaremos de reabastecer o nosso corpo para ter energia até ao fim e não ficar sem combustível, mantendo-nos bem hidratados.

Quantos quilómetros consegue completar por disciplina numa semana de treino?

Na verdade, varia bastante consoante a época do ano. No inverno, focamo-nos um pouco mais no trabalho aeróbico na piscina e, acima de tudo, na prevenção de lesões e no treino no ginásio. Mais tarde, demos prioridade ao ciclismo e à corrida, que é, sem dúvida, onde se decidem as provas de meia distância.

Uma semana de carga atual seria aproximadamente assim:

Natação: 20-22 km

Ciclismo: 400-450 km

Corrida: 85-90 km

Agora, para onde vai? Quais são os seus próximos objetivos?

Depois de um grande ano a nível nacional, onde consegui uma prestação de alto nível, desde a distância super sprint até à longa distância, a ideia para este ano era dar o salto para competir a nível internacional.

Claro que pensamos sempre em competir na franquia Ironman, mas a licença anual é uma despesa que pode comprometer algumas provas durante a temporada, porque, quando não há apoio financeiro, é preciso procurar tudo o que se pode juntar. Assim, com a franquia Challenge, isso não acontece, e tenho conseguido fazer viagens acessíveis para competir, como foi o caso em Roma e Mogán.

Depois deste início de temporada (mais uma vez surpreendente e inesperado), mergulhei de cabeça na luta pelo ranking do circuito Challenge, que oferece prémios monetários substanciais. Terei de completar um total de seis provas do circuito, sendo que as provas de distância total valem o dobro das provas de meia distância, pelo que não descarto ter de participar numa corrida completa este ano... veremos.

Os próximos objetivos são: - Desafio Lisboa 19 de Maio - Desafio Salou 27 de maio

- Campeonato do Mundo de Longa Distância da ITU no dia 14 de julho em Fynn (Dinamarca), onde gostaria de superar a desclassificação do ano passado.





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